ELIANE HAAS

ELIANE HAAS

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

DEUS É AQUELE QUE ME DESAFIA

A minoria que se encontra lúcida e consciente da real situação que o nosso Planeta atravessa é conclamada a transcender as doenças do ego que nos puxam para densos níveis de consciência e nos impedem de harmonizar as nossas relações. 

Sendo uma espécie individualizada e não robótica, fabricada em série, as nossas diferenças são bem-vindas e um fator enriquecedor que deveria contribuir para a melhoria das nossas condições de vida na Terra e não motivo para manipulação e guerra, como até hoje tem acontecido.

Inúmeros foram os Instrutores que desde os primórdios nos guiaram, tiveram seus ensinamentos apoiados no nível intelectual e replicados verbalmente, mas não assimilados a ponto de serem vivenciados através de atitudes.


Ao que tudo indica – e isso vem sendo corroborado pelas mais diversas Linhas Espirituais - atingimos agora o limite em que as advertências se tornarão mais efetivas, para que encontremos o equilíbrio de uma relação fraterna e integrativa com todos os Reinos da Natureza, desde o mineral, passando pelo vegetal, o animal e o humano. Nossa atuação tem sido fonte de sofrimento e destruição para todos eles e isso parece se ter tornado inviável.

O passo fundamental para que possamos arrefecer as garras do medo (medo da escassez, da dor, da doença e da morte), que é o cerne de todo conflito e semente da violência, seria desviar o foco do habitual controle e julgamento na busca de culpados, para a entrega à certeza absoluta de que Tudo, absolutamente tudo o que ocorre - ocorre sob determinação do Comando Superior.

Se até hoje consideramos a compassividade uma utopia intangível na nossa existência na Terra, agora somos compelidos a essa atitude, para o nosso próprio Bem. Simplesmente deixar ir o que nos incomoda, pois reagir só fortalece o oponente (oponente, não “inimigo”, pois estes, em tese, não temos). Tomar como exemplo as Artes Marciais, limitando-se a utilizar a força do próprio oponente, como reflexo.

Sair da psicosfera belicosa e desviar o foco para a beleza da Vida, da rica e única oportunidade de aprendizado e conexão com os níveis superiores de Consciência que nos está sendo oferecida, com a intenção de despertarmos para a fraternidade e a solidariedade. Desviar o foco exatamente como fazemos na prática de Meditação Shamata: não se trata de negar evidências tristes, mas desviar a atenção para o que é Perene, sabendo que essas experiências são transitórias e nossa estadia aqui, mais ou menos breve. Tudo passa. O resultado dessa nossa experiência é o que importa. E que possamos tirar o máximo proveito dela, superando nossos entraves e vícios emocionais, elevando nosso nível de Consciência.

Para finalizar, sugiro uma reflexão sobre a impactante frase de Divaldo Franco no filme da sua biografia, ao ser agredido com a pergunta: 

- Quem é Deus ? – É Aquele que me desafia, para eu evoluir.

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