A minoria que se encontra lúcida e consciente da real situação que o nosso Planeta atravessa é conclamada a transcender as doenças do ego que nos puxam para densos níveis de consciência e nos impedem de harmonizar as nossas relações.
Sendo uma espécie individualizada e não robótica, fabricada em série, as nossas diferenças são bem-vindas e um fator enriquecedor que deveria contribuir para a melhoria das nossas condições de vida na Terra e não motivo para manipulação e guerra, como até hoje tem acontecido.
Inúmeros
foram os Instrutores que desde os primórdios nos guiaram, tiveram seus
ensinamentos apoiados no nível intelectual e replicados verbalmente, mas não
assimilados a ponto de serem vivenciados através de atitudes.
Ao que tudo indica – e isso vem sendo corroborado pelas mais diversas Linhas Espirituais - atingimos agora o limite em que as advertências se tornarão mais efetivas, para que encontremos o equilíbrio de uma relação fraterna e integrativa com todos os Reinos da Natureza, desde o mineral, passando pelo vegetal, o animal e o humano. Nossa atuação tem sido fonte de sofrimento e destruição para todos eles e isso parece se ter tornado inviável.
O passo
fundamental para que possamos arrefecer as garras do medo (medo da escassez, da
dor, da doença e da morte), que é o cerne de todo conflito e semente da
violência, seria desviar o foco do habitual controle e julgamento na busca de
culpados, para a entrega à certeza absoluta de que Tudo, absolutamente tudo o
que ocorre - ocorre sob determinação do Comando Superior.
Se até
hoje consideramos a compassividade uma utopia intangível na nossa existência na
Terra, agora somos compelidos a essa atitude, para o nosso próprio Bem.
Simplesmente deixar ir o que nos incomoda, pois reagir só fortalece o oponente
(oponente, não “inimigo”, pois estes, em tese, não temos). Tomar como exemplo as Artes
Marciais, limitando-se a utilizar a força do próprio oponente, como reflexo.
Sair da
psicosfera belicosa e desviar o foco para a beleza da Vida, da rica e única
oportunidade de aprendizado e conexão com os níveis superiores de Consciência
que nos está sendo oferecida, com a intenção de despertarmos para a
fraternidade e a solidariedade. Desviar o foco exatamente como fazemos na
prática de Meditação Shamata: não se trata de negar evidências tristes, mas
desviar a atenção para o que é Perene, sabendo que essas experiências são
transitórias e nossa estadia aqui, mais ou menos breve. Tudo passa. O resultado
dessa nossa experiência é o que importa. E que possamos tirar o máximo proveito
dela, superando nossos entraves e vícios emocionais, elevando nosso nível de
Consciência.
Para finalizar, sugiro uma reflexão sobre a impactante frase de Divaldo Franco no filme da sua biografia, ao ser agredido com a pergunta:
-
Quem é Deus ? – É Aquele que me desafia, para eu evoluir.
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