ELIANE HAAS

ELIANE HAAS

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segunda-feira, 4 de abril de 2022

PLANETA TERRA SÉC. XXI

O início do séc.XX se destacou por enorme avanço em todas as áreas. Literatura, pintura, música, extraordinário desenvolvimento da ciência, cujas descobertas assinalam um marco decisivo que reverbera até hoje. Ainda que se idealizasse um mundo melhor, duas guerras mundiais assolaram a Terra. Na década de 50, em que me criei, apesar da guerra fria, havia um ideal impulsionando o conhecimento, a liberdade, o “progresso” induzindo sonhos idealistas de alto padrão vibratório. Uma nova Terra despontava e nada parecia poder deter esse impulso de bem-estar geral e ilimitado.

Essa euforia foi criando um abismo que nos separou da Espiritualidade, como se esta fosse algo vetusto e sem serventia perante nossa “auto-suficiência” progressista.

Movimentos surgidos no século anterior, como a Teosofia e a Doutrina Espírita foram relegados a coisas sem objetividade, enquanto as religiões tradicionais com seu dogmatismo tacanho contribuíram ainda mais para esse desinteresse.

A década de 60 trouxe um movimento libertário muito importante sob o ponto de vista social, inclusive com uma contribuição valiosa sob influência do oriente, principalmente da Índia, para o ocidente. Já o consumismo crescente e os primeiros passos na direção da degradação ambiental foram  forjando uma mentalidade cada vez mais materialista e egoísta, que tende a pensar e reagir como rebanho, com violência perversa.

Chegamos ao séc.XXI com uma tecnologia requintada e globalizada que atinge píncaros inimagináveis, dignos do que imaginávamos apenas como ficção científica. Tecnologia esta, que atua facilitando enormemente, com agilidade e precisão, em inúmeros setores.

Seu lado negativo vem servindo, na maioria dos casos, ao estímulo de saciar desejos, criatividade banal e descartável, desvalorização do humano, isolamento egoísta e mentalidade superficial, raivosa, mal educada, arrogante e preconceituosa, maliciosa, fútil, exaltado o sexo descartável de materialidade grosseira, confundindo liberdade com vulgaridade. Tecnologia que estimula uma imaginário fantasioso a fim de minar e destruir a engenhosidade criativa da Consciência humana.  Um exame superficial da criação musical que o modismo da mídia  divulga, a dança e outras atividades de lazer que o grosso da humanidade atual “perpetra”, já fala por si através de suas baixas vibrações que  embotam os chakras superiores. Isso tudo atenta sistematicamente contra o projeto de ascensão do nosso Ser Divino. Os sintomas se traduzem em doenças “da moda”, como depressão e síndrome do pânico. Além do crescente número de suicídios.

Por fim, não podemos ignorar os vícios. Uma humanidade que, por falta de interiorização e cultivo do silêncio mental, se apega a qualquer pretexto para se viciar. Em todos os níveis.


Notemos: nossa espécie não se encontra na Terra para viver nesse estado de penúria mental e emocional, na escuridão da ignorância de si, refém do medo - que sempre foi o nosso principal - obstáculo, como joguete de forças destrutivas.

Atraídos por afinidade, pela baixa densidade vibratória que impera na psicosfera do planeta, estão encarnando – a maioria compulsoriamente - na Terra, seres extremamente atrasados.

Por responsabilidade e escolha nossa, muitos desses enfermos espirituais providos de alta capacidade intelectual, já galgaram posições de liderança e comando nos governos, em todos os escalões.

E agora, guerra. É inadmissível que, em pleno século XXI, depois de tudo que se sabe que a humanidade já sofreu e o muito que conquistamos, ainda se discuta motivos e cogite, sob o pretexto que for, do recurso de um ser humano matar outro.

É preciso que se admita que aqui ninguém é vítima. Não existe um lado vilão. Vivemos o que plantamos e a política que merecemos, no beco sem saída de problemas que a ética vigente não permite que se solucionem.  

Perder-se em discussões políticas e partidarismos, só serve para se desarmonizar e contribuir ainda mais para o desequilíbrio do padrão já negativo, que impera.

Envolver-se em disputas para comprovar certezas, tomar a defesa uns e outros, é perda de tempo e energia, pois ninguém detém certezas sobre os desígnios Divinos. Quem deseja verdadeiramente o Bem da nossa humanidade, deve parar de apontar, mas dar as mãos com os que tem o mesmo ideal e construir, passo a passo, o seu ideal.

Exclusivamente a nós cabe mudar aquilo que consideramos injusto, e essa mudança só pode ocorrer de dentro para fora.

Isto requer cada um se ater e procurar elevar seu padrão vibratório, para ancorar e difundir com firmeza de propósito, a Luz da Fonte Criadora.

Entrar no fluxo da Positividade, fazendo a sua parte sem forçar quereres, para não encontrar obstáculos. Deixar de focar na matéria, pois ela é consequência, não objetivo.

O que nos compete  é idealizar o modo de vida condizente com esse propósito de apaziguamento e Paz, com a certeza inabalável de que, no ponto em que chegamos, tudo está certo, dentro do padrão do que deve acontecer. Fazer a nossa parte com a Consciência expandida, contribuindo assim para que se atinja uma massa crítica que possa prevalecer sobre toda essa ilusão destrutiva e tornar-se realidade. Uma massa crítica que não caia nas armadilhas trevosas da insegurança, da dúvida, dos maus presságios, do desespero, das teorias conspiratórias.

Focar no Bem e desarmar o Mal não lhe engrandecendo e dando importância, mesmo sabendo que ele existe.

Vamos visar a nossa Eternidade, compreendendo que tudo o que nos acontece é consequência do que nós mesmos criamos e se resume apenas numa coisa: aprendizado.

...o que resta é ser impulsionado pela fé numa única certeza:

- “não parto como aqui cheguei”.