O início do séc.XX se destacou por enorme avanço em todas as áreas. Literatura, pintura, música, extraordinário desenvolvimento da ciência, cujas descobertas assinalam um marco decisivo que reverbera até hoje. Ainda que se idealizasse um mundo melhor, duas guerras mundiais assolaram a Terra. Na década de 50, em que me criei, apesar da guerra fria, havia um ideal impulsionando o conhecimento, a liberdade, o “progresso” induzindo sonhos idealistas de alto padrão vibratório. Uma nova Terra despontava e nada parecia poder deter esse impulso de bem-estar geral e ilimitado.
Essa euforia foi criando um
abismo que nos separou da Espiritualidade, como se esta fosse algo vetusto e
sem serventia perante nossa “auto-suficiência” progressista.
Movimentos surgidos no
século anterior, como a Teosofia e a Doutrina Espírita foram relegados a coisas
sem objetividade, enquanto as religiões tradicionais com seu dogmatismo tacanho
contribuíram ainda mais para esse desinteresse.
A década de 60 trouxe um
movimento libertário muito importante sob o ponto de vista social, inclusive com
uma contribuição valiosa sob influência do oriente, principalmente da Índia,
para o ocidente. Já o consumismo crescente e os primeiros passos na direção da
degradação ambiental foram forjando uma
mentalidade cada vez mais materialista e egoísta, que tende a pensar e reagir
como rebanho, com violência perversa.
Chegamos ao séc.XXI com uma
tecnologia requintada e globalizada que atinge píncaros inimagináveis, dignos
do que imaginávamos apenas como ficção científica. Tecnologia esta, que atua
facilitando enormemente, com agilidade e precisão, em inúmeros setores.
Seu lado negativo vem
servindo, na maioria dos casos, ao estímulo de saciar desejos, criatividade
banal e descartável, desvalorização do humano, isolamento egoísta e mentalidade
superficial, raivosa, mal educada, arrogante e preconceituosa, maliciosa, fútil,
exaltado o sexo descartável de materialidade grosseira, confundindo liberdade
com vulgaridade. Tecnologia que estimula uma imaginário fantasioso a fim de
minar e destruir a engenhosidade criativa da Consciência humana. Um exame superficial da criação musical que o
modismo da mídia divulga, a dança e
outras atividades de lazer que o grosso da humanidade atual “perpetra”, já fala
por si através de suas baixas vibrações que
embotam os chakras superiores. Isso tudo atenta sistematicamente contra
o projeto de ascensão do nosso Ser Divino. Os sintomas se traduzem em doenças
“da moda”, como depressão e síndrome do pânico. Além do crescente número de
suicídios.
Por fim, não podemos ignorar
os vícios. Uma humanidade que, por falta de interiorização e cultivo do
silêncio mental, se apega a qualquer pretexto para se viciar. Em todos os
níveis.
Notemos: nossa espécie não se
encontra na Terra para viver nesse estado de penúria mental e emocional, na
escuridão da ignorância de si, refém do medo - que sempre foi o nosso principal
- obstáculo, como joguete de forças destrutivas.
Atraídos por afinidade, pela
baixa densidade vibratória que impera na psicosfera do planeta, estão
encarnando – a maioria compulsoriamente - na Terra, seres extremamente
atrasados.
Por responsabilidade e
escolha nossa, muitos desses enfermos espirituais providos de alta capacidade
intelectual, já galgaram posições de liderança e comando nos governos, em todos
os escalões.
E agora, guerra. É
inadmissível que, em pleno século XXI, depois de tudo que se sabe que a
humanidade já sofreu e o muito que conquistamos, ainda se discuta motivos e
cogite, sob o pretexto que for, do recurso de um ser humano matar outro.
É preciso que se admita que
aqui ninguém é vítima. Não existe um lado vilão. Vivemos o que plantamos e a
política que merecemos, no beco sem saída de problemas que a ética vigente não
permite que se solucionem.
Perder-se em discussões
políticas e partidarismos, só serve para se desarmonizar e contribuir ainda
mais para o desequilíbrio do padrão já negativo, que impera.
Envolver-se em disputas para
comprovar certezas, tomar a defesa uns e outros, é perda de tempo e energia, pois
ninguém detém certezas sobre os desígnios Divinos. Quem deseja verdadeiramente
o Bem da nossa humanidade, deve parar de apontar, mas dar as mãos com os que
tem o mesmo ideal e construir, passo a passo, o seu ideal.
Exclusivamente a nós cabe
mudar aquilo que consideramos injusto, e essa mudança só pode ocorrer de dentro
para fora.
Isto requer cada um se ater e
procurar elevar seu padrão vibratório, para ancorar e difundir com firmeza de
propósito, a Luz da Fonte Criadora.
Entrar no fluxo da
Positividade, fazendo a sua parte sem forçar quereres, para não encontrar
obstáculos. Deixar de focar na matéria, pois ela é consequência, não objetivo.
O que nos compete é idealizar o modo de vida condizente com
esse propósito de apaziguamento e Paz, com a certeza inabalável de que, no
ponto em que chegamos, tudo está certo, dentro do padrão do que deve acontecer.
Fazer a nossa parte com a Consciência expandida, contribuindo assim para que se
atinja uma massa crítica que possa prevalecer sobre toda essa ilusão destrutiva
e tornar-se realidade. Uma massa crítica que não caia nas armadilhas trevosas
da insegurança, da dúvida, dos maus presságios, do desespero, das teorias
conspiratórias.
Focar no Bem e desarmar o
Mal não lhe engrandecendo e dando importância, mesmo sabendo que ele existe.
Vamos visar a nossa
Eternidade, compreendendo que tudo o que nos acontece é consequência do que nós
mesmos criamos e se resume apenas numa coisa: aprendizado.
...o que resta é ser
impulsionado pela fé numa única certeza:
- “não parto como aqui
cheguei”.
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