Artigos de Eliane Haas. Externsão do site WWW.aguiadourada.com Este espaço se destina ao estudo e intercâmbio de idéias voltadas para a Espiritualidade na Nova Terra. (Os artigos de Eliane Haas estão protegidos e sua divulgação requer autorização da autora.)
domingo, 30 de dezembro de 2012
IFISMO - Os Ensinamentos de Orunmilà (parte1)
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A NOVA ORDEM CÓSMICA
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
ILUMINANDO A SOMBRA - 3
domingo, 28 de outubro de 2012
ESPIRITUALIDADE NA MATURIDADE
Pajé Santixiê Tapuia – do povo Tapuia Fulniô
A partir da meia idade ocorre geralmente uma crise existencial acompanhada, muitas vezes, de uma sensação de vazio e depressão.
Antes voltadas para a realidade externa - na luta pela sobrevivência e realização profissional – as pessoas priorizaram o consciente, relegando o inconsciente a um plano secundário.
Já no processo de envelhecimento, os afetos passam a pesar mais do que os conceitos – que eram ferramentas úteis para o bom desempenho na vida prática, no plano material, tendo como metas, sucesso e poder.
Respeitando os ciclos naturais afetivos, diríamos que, se na infância predomina filos, na vida adulta predominaria eros e na maturidade haveria a necessidade de se vivenciar ágape.
Isto significa honrar os ciclos impermanentes da Vida e feliz daquele que pode cumpri-los todos. A velhice é um deles e, diríamos até, seu ponto culminante.
Sublimando a depressão, prosseguem insistindo em repetir os passos de sempre, fazendo (ou tentando fazer) as mesmas coisas – o que gera frustração, devido as evidentes limitações. Numa sociedade narcisista que cultua a beleza física dentro de um padrão bem particular e idealizado, a velhice se encontrará cada vez mais deslocada.
Perante o desafio de enfrentar mudanças biológicas e psicológicas, alguns acabam numa tentativa patética de perseguição do corpo perfeito, numa solidão crescente perante o declínio inevitável.
Outros já se conscientizam de que responder as demandas emocionais de um corpo perecível, sujeito à dor e à decadência significa manter-se presa de desejos nunca satisfeitos. Voltam-se para o verdadeiro Eu, imortal, invulnerável e independente de um veículo físico.
Procuram compensar a frustração buscando a Espiritualidade. Perante o declínio físico e para fazer frente ao desamparo da finitude eminente, apegam-se a uma fé que lhe assegure a “vida eterna”. Ocorre, frequentemente, o resgate de uma crença familiar e esquecida, não livre de culpa, marcando o retorno a velha religião, reminiscência da sua infância, não raro institucional e dogmática.
- O que significa Espiritualidade para vc ? teria necessàriamente algo a ver com religião ?
Há os que enfrentam o envelhecimento como um processo de amadurecimento ligado a uma reorientação da consciência espiritual.
Passam a cultivar outros valores. Quando voltados para o corpo, haverá de ser para um corpo sadio e harmônico e não para um corpo que corresponda aos vigentes padrões de beleza. Saudável em toda a sua plenitude, servindo de instrumento para um balanço sobre todo o vivido, o fracasso ou a realização das metas estabelecidas, a busca do sentido de uma vida prestes a se encerrar.
Espiritualidade seria um processo de expressão dos níveis mais profundos do inconsciente. Uma conexão entre o Divino Interior e a Suprema Consciência Cósmica, que nos faz sentir parte do Todo. Seria a união dos, até então dissociados, conteúdos distintos da psique. Um processo rumo à transcendência e à integridade.
Nesta vivência da Espiritualidade, à medida que as máscaras – tão úteis para a sobrevivência e o sucesso no plano material - vão caindo, vai-se resgatando aquele ser pré-adolescente, num processo inverso à infância e ao parto. Permanece o que é perene, a essência.
É em forma de essência pura, despidos das cascas do ego, que deveríamos partir daqui.
Quem consegue transmutar conhecimento adquirido em sabedoria, realizou a plenitude do seu Ser, na encarnação atual.
Esse enfoque da Espiritualidade passa pelo autoconhecimento. Não é através de mentalizações da Luz que nos iluminamos, mas sim quando penetramos as regiões abissais da nossa escuridão mais profunda.
Na nossa sociedade atual / ocidental, como consequência do desrespeito à sacralidade da Vida e total desconexão com a Natureza, a velhice é achincalhada e relegada ao afastamento, como estorvo obsoleto.
A civilização do culto ao “agora” - que no momento seguinte já é descartável, valoriza o corpo jovem e suas novidades, num estranhamento as suas origens e com tudo o que veio antes - com o que aqui já estava e com os ciclos evolutivos do próprio Planeta.
Nela o ancião e o peso da sua experiência são desprezados como ultrapassados, pois tudo ocorre de maneira vertiginosa, como se a História pudesse ser reescrita a partir do zero, a cada dia.
Todas as culturas nativas da Terra reverenciam a ancestralidade e honram os anciões como elo que une o que foi ao que será, poi quem não olha e honra de onde veio, dificilmente saberá valorizar e estabelecer metas para onde vai.
As civilizações ditas primitivas respeitam os seus velhos como depositários de uma herança que permitiu que estejamos aqui hoje.
Òbviamente, o simples fato de ter atingido idade avançada não outorga ao idoso legitimidade como guardião das tradições e da sabedoria ancestral do seu povo.
Aquele que não consegue cumprir o processo de integração (consciente/inconsciente), sucumbe, muitas vezes, a um processo de infantilização e até a uma quase demência. Não se poderia, portanto, generalizar e identificar em cada ancião o arquétipo do “velho sábio”, pois há individualidades que não se realizam.
No final da década de 60 surgiu na sociedade ocidental uma experiência cultural transformadora que implantou um novo paradigma voltado para uma concepção holística da Natureza e da Espiritualidade, que contemplava desde o ocultismo metafísico, até as práticas de meditação orientais e de estados alterados de consciência, a filosofia budista, a teosofia e suas ramificações , até a psicologia transpessoal e uma medicina voltada para a manutenção da saúde .
Este movimento eclético e multicultural – conhecido como Nova Era - vem influenciando também uma Espiritualidade alternativa desenvolvida por pessoas que não se alinham as religiões institucionais e dogmáticas.
No limiar do atual milênio há movimentos crescentes de resgate da memória ancestral, onde anciões são reconhecidos como lideranças dos respectivos povos, num propósito de reconexão com os significados essenciais da Vida, para que juntos possamos cuidar do nosso planeta e do bem viver da humanidade na Terra.
Trata-se de uma tomada de consciência rumo a um caminho inverso - que contempla não o consumo desenfreado, mas o respeito aos recursos finitos e a sustentabilidade como valores essenciais para a sobrevivência nossa e dos que virão, incluindo as espécies animais e vegetais. Da mesma forma, a preservação das espécies imateriais, expressões da criação humana, como a música, as artes, a literatura.
Um exemplo disso foi o Encontro do Conselho Internacional das Avós Nativas, realizado em Brasília no ano passado.
Representantes anciães, lideranças das mais diversas etnias da Terra vieram, neste momento tão crítico que o Planeta atravessa, reverenciar, valorizar e discutir o “ontem” através da ancestralidade que nos conduz ao presente e a um futuro que conjugue valores culturais, sociais, econômicos e ecológicos.
Resumo da palestra proferida pela autora na UNIFESO (Centro Universitário Serra dos Órgãos) em 26/10/12.
domingo, 30 de setembro de 2012
A MÚSICA NO NEOXAMANISMO
Mesmo servindo ao caráter lúdico das festividades dançantes e ao entusiasmo heróico das guerras, nunca perdeu seu vínculo divino do músico com o Poder Superior.
Os instrumentos musicais tornaram-se também instrumentos de Poder, responsáveis não só pelo encantamento estético, mas também para transportar o ouvinte a realidades supra-sensoriais e realizar tarefas em outros níveis vibratórios.
No Neoxamanismo a tecnologia de ponta da nossa época possibilitou uma prática musical mais sofisticada e rica, ampliando nosso universo sonoro através da incorporação de timbres e linguagens musicais vinculadas a múltiplas etnias, utilizando desde os mesmos instrumentos do paleolítico, até instrumentos eletroacústicos.
Para servir ao propósito inicial Xamânico, que permanece o mesmo desde os primórdios, o músico deve deter o domínio absoluto do seu instrumento. Isto requer, além do básico talento inato, décadas de dedicação ao instrumento. Então, ser um Mestre na técnica do seu instrumento para transformá-lo em veículo do Grande Mistério e suas Hierarquias, deveria ser condição primordial.
Em decorrência disso, seria aconselhável uma tomada de consciência e autoexame por parte daqueles que se pretendem músicos, para só exercer a sua função de serviço no Trabalho Xamânico, quando realmente alcançarem a excelência de se fazer ouvir pelos homens e pelos Deuses, e não para alimentar o seu próprio ego.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
ILUMINANDO A SOMBRA - 2
terça-feira, 31 de julho de 2012
ILUMINANDO A SOMBRA
O trabalho para a evolução do Eu – que se baseia no autoconhecimento - é a tarefa principal na senda da Espiritualidade. Esse trabalho é desafio e mérito de cada um, não podendo ser aliviado ou, miraculosamente, tomado como responsabilidade de algum guru, santo, entidade, guia, divindade ou Deus.
No plano Espiritual as chances são sempre igualitárias e não há “pistolão” ou protecionismo.
Dispondo dessa verdadeira Luz Divina – que é o maravilhoso instrumento Ayahuasca – as Jornadas neo-xamânicas no Céu da Águia Dourada são voltadas para esse trabalho : mergulhando na intimidade desse nosso Eu velado, desmascarar e ali iluminar e transmutar aspectos sombrios da nossa personalidade.
É através de um Eu bem resolvido e íntegro que nos tornamos aquele cristal límpido, extensão e reflexo da Luz Maior.
domingo, 1 de julho de 2012
JUDAISMO x CRISTIANISMO - DIFERENÇAS
terça-feira, 29 de maio de 2012
NEO-XAMANISMO NO CÉU DA ÁGUIA DOURADA
sexta-feira, 6 de abril de 2012
CILADAS NO CAMINHO DA ASCENSÃO ESPIRITUAL