ELIANE HAAS

ELIANE HAAS

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

ILUMINANDO A SOMBRA - 2

Conforme observamos anteriormente, dispondo dessa verdadeira Luz Divina – que é o maravilhoso instrumento Ayahuasca – as Jornadas neo-xamânicas no Céu da Águia Dourada são voltadas para o Trabalho de mergulhar na mais profunda intimidade desse nosso Eu velado, para ali desmascarar, iluminar e transmutar aspectos sombrios da nossa personalidade – que anuviam o cristal límpido que deveria ser extensão e reflexo da Luz Maior.
A verdade é que cada ser humano consiste, desde que se manifesta como individualidade, numa “tabla rasa” com todas as características e potencial inerente a sua espécie.
A educação e o trabalho pessoal no sentido da sua própria evolução, no decorrer das várias encarnações, é que vão delinear as diferenças que se manifestam, por vezes, gritantes. Mas, no fundo, somos todos iguais e – com exceção de alguns boddhisatwas que na Terra permanecem em voluntária missão de serviço – nosso planeta é uma Escola de nível ainda baixo, frequentada por alunos com potencial capaz de manifestar, dependendo do estímulo, uma pequena gama de dons que vão desde a mais obscura treva até a resplandecente partícula da Luz Divina.



Ao tomar consciência de que não somos assim tão diferentes dos nossos mais empedernidos “semelhantes”, podemos desenvolver, não um perdão imposto pela religião, mas uma compreensão reconciliatória com todas as fraquezas humanas. Um amor genuíno que reconhece, porque se identifica, uma irmandade verdadeira. Só quando nos identificamos com as falhas alheias é que somos capazes de manifestar uma compaixão sincera, não imbuída de orgulho e falsa superioridade.
No momento em que admitimos que a totalidade de possibilidades faz parte de nós, demolimos preconceitos e somos capazes de nos tornar aquilo que queremos ser, em toda a sua plenitude.

Nesta conscientização está a chave para a verdadeira Liberdade e a realização plena do Ser íntegro para o qual fomos “projetados” e é justamente para este exercício de auto-conhecimento que as nossas Jornadas no Céu da Águia Dourada têm se voltado.
Não é tentando, incessante e insistentemente, visualizar a Luz que nos iluminamos, mas sim tomando consciência da escuridão.

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