ELIANE HAAS

ELIANE HAAS

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

IFÀ - O ORÁCULO DIVINO (parte 2)

Se a origem do ibi vem de uma disfunção ou falha de comportamento/caráter passado de uma geração a outra, além do Ebò, será conveniente também um trabalho específico para examinar a questão, na forma de uma regressão para liberar a emoção causada pelo eventual trauma.
Quando o ibi é decorrente de uma desarmonia com o Orisà, o procedimento será orientado de acordo com suas características e atributos, para que se proceda um alinhamento da energia.
Já o ibi ajogun, que é fruto das forças destrutivas materiais, físicas, mentais ou espirituais, significa que sua origem está no desequilíbrio gerador de uma vulnerabilidade que propiciou todo tipo de influência negativa. Daí a importância da conexão com o Divino, seja mediante rezas, meditação e mesmo disciplina mental para não se deixar levar por emoções nocivas que poluam a aura e abram brechas através das quais as forças involutivas possam penetrar. Então, devem ser identificados todos recursos disponíveis que melhor combatam e protejam a pessoa desses ataques.
De toda forma, o melhor antídoto contra feitiços e pragas de seres comprometidos com as forças involutivas do planeta, é prioritária uma mente pura e totalmente alinhada com as mais altas esferas Divinas da Criação.
É importante assinalar que a morte não é um castigo, mas parte de um ciclo natural. Cada pessoa já nasce com sua data determinada para partida da Terra. Entretanto, podem ocorrer condutas autodestrutivas  que provoquem acidentes inesperados, antecipando a morte ou até determinando uma morte em vida. Para situações em que se fique exposto a um perigo iminente como bala perdida ou estar no lugar errado na hora errada, existem meios de proteção.
Nenhum procedimento é realizado sem que seja prescrito pelo oráculo.



Em todos os casos de identificação do ibi, o sacrifício muitas vezes é recomendado. As pessoas, de um modo geral, têm forte preconceito e repulsa a esse tipo de procedimento. É preciso lembrar que se trata de ritual multi-milenar,  presente em todas as civilizações pré cristãs.
É uma reverência Sagrada à energia vital, Divina, que não pode ser  imitada ou fabricada pelo ser humano, transmutada para que a mudança de uma situação ocorra no plano físico. Os animais são sacrificados e encaminhados com rezas e gratidão, na certeza de que se encontram em missão que concorrerá para a sua evolução acima da alma-grupo da sua espécie.
Com raras exceções, sua carne é toda consumida como alimento, respeitando-se o ciclo da Terra que se repete no moto contínuo onde a Vida nasce da Morte. Para que uma vida nasça ou se preserve, outra invariavelmente morre. Assim é, com todas as espécies animais da Terra, desde os micro organismos e das bactérias que se combatem no interior dos nossos corpos, até alguns vegetais que morrem para compor nossas saladas.
Ifá é um estudo rico e complexo que atravessa vidas. Orunmilà reconhece e acompanha os filhos da Terra, de acordo com seu comprometimento perante as Leis de retidão e caráter por Ele exigidas - na certeza de que as contas a Ele, como Senhor do Destino, inevitavelmente serão prestadas. 

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