Se a origem do ibi vem de uma disfunção ou falha de
comportamento/caráter passado de uma geração a outra, além do Ebò, será
conveniente também um trabalho específico para examinar a questão, na forma de
uma regressão para liberar a emoção causada pelo eventual trauma.
Quando o ibi é decorrente de uma desarmonia com o Orisà, o
procedimento será orientado de acordo com suas características e atributos,
para que se proceda um alinhamento da energia.
Já o ibi ajogun, que é fruto das forças destrutivas materiais,
físicas, mentais ou espirituais, significa que sua origem está no desequilíbrio
gerador de uma vulnerabilidade que propiciou todo tipo de influência negativa. Daí
a importância da conexão com o Divino, seja mediante rezas, meditação e mesmo
disciplina mental para não se deixar levar por emoções nocivas que poluam a
aura e abram brechas através das quais as forças involutivas possam penetrar. Então,
devem ser identificados todos recursos disponíveis que melhor combatam e protejam a
pessoa desses ataques.
De toda forma, o melhor antídoto contra feitiços e pragas de seres
comprometidos com as forças involutivas do planeta, é prioritária uma mente
pura e totalmente alinhada com as mais altas esferas Divinas da Criação.
É importante assinalar que a morte não é um castigo, mas parte de
um ciclo natural. Cada pessoa já nasce com sua data determinada para partida da
Terra. Entretanto, podem ocorrer condutas autodestrutivas que provoquem acidentes inesperados,
antecipando a morte ou até determinando uma morte em vida. Para situações em
que se fique exposto a um perigo iminente como bala perdida ou estar no lugar
errado na hora errada, existem meios de proteção.
Nenhum procedimento é realizado sem que seja prescrito pelo
oráculo.
Em todos os casos de identificação do ibi, o sacrifício muitas
vezes é recomendado. As pessoas, de um modo geral, têm forte preconceito e
repulsa a esse tipo de procedimento. É preciso lembrar que se trata de ritual
multi-milenar, presente em todas as civilizações pré cristãs.
É uma reverência Sagrada à energia vital, Divina, que não pode
ser imitada ou fabricada pelo ser
humano, transmutada para que a mudança de uma situação ocorra no plano físico.
Os animais são sacrificados e encaminhados com rezas e gratidão, na certeza de que se encontram em missão que
concorrerá para a sua evolução acima da alma-grupo da sua espécie.
Com raras exceções, sua carne é toda consumida como alimento,
respeitando-se o ciclo da Terra que se repete no moto contínuo onde a Vida
nasce da Morte. Para que uma vida nasça ou se preserve, outra invariavelmente morre.
Assim é, com todas as espécies animais da Terra, desde os micro organismos e das
bactérias que se combatem no interior dos nossos corpos, até alguns vegetais que
morrem para compor nossas saladas.
Ifá é um estudo rico e complexo que atravessa vidas. Orunmilà
reconhece e acompanha os filhos da Terra, de acordo com seu comprometimento perante as Leis de retidão e caráter por Ele exigidas - na certeza de que as
contas a Ele, como Senhor do Destino, inevitavelmente serão prestadas.