Mãe Universal é a matriz cósmica. Dentre as três energias básicas, é a polaridade feminina na manifestação Criadora, o terceiro aspecto da Divindade suprema. Regente da Vida na matéria – em qualquer dimensão além da tridimensional, seja em ciclos em que se densifica ou nos que se sutiliza.
A Divindade Suprema se
manifesta através de três aspectos. O primeiro, denominado Pai, se exprime
através do Senhor do Mundo, condutor do fogo cósmico e canalizador do primeiro Raio
Cósmico (vontade-poder).
O segundo aspecto, chamado Filho,
se exprime através da Sagrada Hierarquia e é conhecido como o Instrutor do Mundo, Consciência
condutora do fogo solar e canalizadora do segundo Raio cósmico
(amor-sabedoria). No antigo Egito Ele é associado ao Logos Solar, na figura de
Hórus.
O terceiro aspecto, chamado
Mãe Universal, a Consciência que, no âmbito planetário, é espelhada pela Mãe do
Mundo, condutora do fogo fricativo para a Vida na Terra e canalizadora do
terceiro Raio cósmico (atividade criativa)
No âmbito planetário, a Mãe
do Mundo é a dispensadora da força que aqui conhecemos como kundalini. No seu sentido literal kundalin
é o epiteto do deva Varuna, a
mais antiga das divindades védicas, que trouxe a Luz do conhecimento para o Ser
humano, regente
da civilização atlante e Deus do elemento Água, inclusive das “águas celestes”.
Kundalini-shakti é a
energia vital, o fogo serpentino que se
aloja no nosso chakra básico e, no
duplo etérico, se eleva ativando e
purificando os chakras para que
despertem seus dons específicos.
Segundo Helena Blavatsky (na
Voz do Silêncio) a Senhora, a Deusa
Tríplice anterior ao Deus, é reverenciada pelos cultos à fertilidade, desde o paleolítico.
Este Deus se revelaria através
da Mãe do Mundo como Filho de si mesmo e se tornaria Pai. O mar da Matéria Virgem
em cuja superfície se move o espirito de deus, o Grande Abismo antes que se
fizesse a Luz. É o caos primordial, o éter, substancia divina que impregna todo
o Universo , representada pela Virgem, presente nas religiões ancestrais .
Como representante do
terceiro aspecto Divino, é o terceiro núcleo de Consciência da Trindade.
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No dogma da Trindade, a Mãe
do Mundo seria a Redentora, juntamente com o Cristo. Na tradição cristã esse
conceito milenar parece ter sido deturpado por alguma faceta machista, passando
a denominar esse aspecto Espírito Santo e “reponsabilizá-lo” pela fecundação de
Maria, mãe de Jesus. Ou seja, excluíram a polaridade feminina da manifestação
criadora.
No decorrer dos tempos, o
sentido esotérico das religiões foi caindo no esquecimento e elas se envolvendo
com crenças
populares, esquecendo o seu sentido simbólico mais profundo.
O cristianismo nasceu como
religião essencialmente patriarcal e não se popularizava. Não conseguindo rivalizar
com as deusas “pagãs”, a igreja católica resolveu substitui-las, declarando a
santidade de Maria, mãe de Jesus, através do Concílio de Éfeso, em 431. Assim
assegurou a sua adesão junto as massas.
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Independente do
reconhecimento da figura de Maria pela igreja católica, ela é um Espírito
excelso da mais alta envergadura, que transcende o culto católico e seus
sincretismos.
Ela é um dos Seres de
altíssima envergadura espiritual que incorporam parte dos atributos e
princípios da Virgem Cósmica.
Bodhisattva
significa, em sânscrito, aquele cuja essência é a Iluminação. Caracteriza uma
pessoa que, tendo alcançado a Iluminação e, portanto, livre da Roda de
Encarnações na Terra, escolhe aqui permanecer, a fim de auxiliar e zelar pelo
destino da humanidade.
Na Nova Terra será da Mãe
Universal a energia preponderante, com seu poder de purificar, moldar e
sutilizar a matéria, aperfeiçoando a
forma de modo que a Vida Suprema possa expressar ordem, harmonia e beleza. Essa
Energia vem se mostrando cada vez mais atuante junto aos Reinos e no Humano
promovendo a remoção de obstáculos que impeçam
a nossa crescente sintonia com essa sutilização, para elevação
vibracional da humanidade que aqui habitará.
Maria de Nazaré, como bodhisattva e Mestre Ascensionado, representa a Virgem Cósmica e tomou a si essa
missão de serviço em prol da humanidade. Ela ocupa posição preponderante nessa
fase de transição planetária que estamos atravessando e comanda uma das mais
altas Hierarquias atuantes nesse ciclo.
Entregar à sua Regência como
Mãe do Mundo, o nosso Trabalho de aperfeiçoamento e evolução espiritual, é o propósito que norteia a nossa Vontade
Sagrada de ingressar nas fileiras da Nova Terra.