Na visão corrente, a cura consistiria na remoção definitiva e, quase sempre miraculosa, de algum mal estar físico ou psíquico.
Na tradição cristã ela costuma ser fruto da intervenção direta de Deus ou de alguém por Ele delegado. Costuma vir como resposta a um pedido fervoroso.
Com a influência da filosofia oriental e seus conceitos de karma e dharma, o conhecimento sobre os chakras e nossos vários corpos, a atual visão quântica que nos reconhece como seres de energia - surgiu uma nova mentalidade sobre a cura, onde sequer caberia o papel do curador.
A verdadeira cura é a autocura. O “facilitador” da cura apenas sinaliza caminhos que poderão ser aceitos e percorridos voluntàriamente.
O cérebro é o HD que comanda o nosso corpo físico, regulando e equilibrando todas as funções bioquímicas. Ele é a sede física dos nossos pensamentos, emoções e palavras. Ele roda os programas que geram não só as emoções positivas como também o permanente monólogo sobre raivas, frustrações, mágoas, irritações, ciúmes, invejas, carências, enfim... toda uma coleção de emoções negativas que vão se acumulando e comprometendo um órgão ou sistema que, muitas vezes por conta da alimentação inadequada, já esteja debilitado. Todas as doenças são apenas respostas do nosso organismo a nossa atividade mental/emocional.
Somos os únicos responsáveis por tudo o que nos afeta, positiva ou negativamente.
Nossas emoções são portas abertas para tudo que lhes é afim. Sementes que florescerão de acordo com a sua própria espécie.
Cientes de que tudo o que pensamos e fazemos traz consequências para os nossos corpos, o fortalecimento do nosso sistema imunológico depende de nós mesmos. No entanto, se isto é teòricamente muito simples, sua prática consiste em trabalho persistente e treinamento disciplinado.
O Trabalho de Cura como concebemos no Céu da Águia Dourada parte de exercícios de autoexame e práticas que permitem a observação, com distanciamento e isenção, das questões ligadas a todos os aspectos negativos que nos envenenam os corpos e acabam, invariàvelmente, afetando o físico.
Não se trata de uma ação única e definitiva. Se as causas que levaram à doença, da natureza que for, persistem, ela retornará.
Não há cura sem transformação – e a transformação é o desabrochar, contínuo e cada vez mais evidente, do nosso Ser Divino. Há que se querer sinceramente, pois, conforme se sabe, nossa mente é soberana e ardilosa. Muitas vezes, nosso ego declara determinada intenção enquanto, ìntimamente está se autossabotando. As mudanças, além de difíceis, doem. É bem mais fácil permanecer na zona de conforto, vitimizando-se e esperando por uma solução externa – que nunca virá.
À medida que nos permitimos manifestar o Ser Divino que fomos planejados para ser, os vícios, medos, contrariedades e ansiedades do ego vão cedendo lugar a uma nirvânica felicidade. Isso é cura.