Nossa concepção das Jornadas como realizamos no Céu da Águia Dourada, em torno da Sagrada Planta Mestra Ayahuasca, tem como propósito cultivar e desenvolver nossa evolução Espiritual através do autoconhecimento, para que possamos cumprir da melhor forma possível o nosso atual projeto encarnatório.
Para quem penetra os mistérios desse Enteógeno miraculoso, a motivação para o contato constante com esse manancial de informações é um eterno agradecimento à valiosa oportunidade de estar aqui e agora nessa encarnação que nos proporciona tanto aprendizado na Escola Terra, perdurando por toda uma vida.
Revelação do vasto panorama das altas esferas cósmicas, com sua Beleza indescritível, e aprendizado sobre o nosso passado, para melhor entendermos as reviravoltas intrincadas do nosso destino e comprometimentos cármicos, são uma fonte inesgotável.
Essa “bebida de Poder inacreditável” é capaz de ampliar e trazer clareza a nossa visão, no tocante a situações que exijam lucidez, assim como auxílio na busca de condições mais apropriadas para que se concretize um planejamento de vida mais adequado aos resultados almejados.
Para que se atinjam esses níveis de excelência com a Planta Mestra, não existem rituais iniciáticos externos, assim como não temos filiação ao Céu da Águia Dourada, ou obrigatoriedade de participação. Seria insensato coagir uma pessoa a assumir qualquer tipo de compromisso, a não ser com ela mesma.
Confiamos na responsabilidade de cada um e na certeza de que a Ayahuasca é um instrumento espiritual para corajosos e persistentes. Requer maturidade e afinidade com o Reino Vegetal e seus comandos ancestrais no Planeta.
Os incapazes se excluem por conta própria.
É apenas um dentre os muitos caminhos espirituais de que dispomos no planeta Terra.
Muitas vezes, quando o Trabalho vai atingindo profundidade, um pretexto recorrente no iniciante é se poupar, sob alegação de que “já se viu o suficiente”, e se “determinada questão foi esclarecida, para o momento está ótimo”. Outro obstáculo com que iniciantes se deparam é o devaneio nas insignificâncias egóicas e falta de foco na sua Consciência Eterna/Divina, distraindo-se no labirinto de sensações físicas desagradáveis que só servem para desviar a atenção do cerne do que realmente importa, impedindo um aprofundamento.
Certamente não negamos orientação a quem solicita, mas, na prática, cada um toma as rédeas do seu Trabalho.
Não há motivo para se ter medo, pois a Ayahuasca respeita o livre-arbítrio e jamais traumatiza alguém, forçando uma revelação que a pessoa verdadeiramente não deseje, no fundo do seu coração. A Ayahuasca é Divina e a Divina Fonte criadora é amor.
Como na nossa Casa não há privilégios com respeito a antiguidade ou outros requisitos, a relação com a Planta Mestra é estritamente individual e o progresso de cada um se encontra na intimidade do seu Ser. No entanto, pode ser tornar evidente se observarmos o sucesso obtido na sua própria vida.
A única sugestão que me permito dar é que se busque praticar, no dia a dia, algum tipo de disciplina mental que, segundo a afinidade pessoal, pode ser Meditação ou Oração. São Aliados que facilitam a sintonia com as altas esferas Divinas, nossos Mestres e Mentores, perdurando durante todo o período posterior a Jornada. O Trabalho não se restringe ao momento do Ritual.
Muitas vezes as pessoas se sensibilizam com a brutalidade da atual experiência na Terra, se desestimulam e se sentem deslocadas, acreditando no “engano de estar aqui”, perante a certeza de suas próprias origens alienígenas. Essa sensação de não pertencimento à Terra é natural, porém é preciso que se tenha consciência de que não existem erros nos desígnios reencarnatórios. A migração de almas é um processo perfeito e todos estamos no lugar que nos cabe, submetidos as necessárias experiências a que nos propusemos quando aqui renascemos.