Este seria o segundo passo para a liberdade dos padrões restritivos que nos aprisionam, examinado na nossa Jornada.
Medo, Cobiça e Desejo de Poder são os três pilares da percepção distorcida que,
invariavelmente, está por trás dos conflitos e guerras.
Ocorrências são fatos. Já as suas causas são passíveis de interpretações
errôneas - com atenuantes e agravantes - pois dependem da perspectiva do
observador. Essas perspectivas advindas de um foco individual geram reações e
“julgamentos” também pessoais.
Da mesma forma que nenhuma pessoa é igual a outra, a perspectiva também muda.
Não havendo duas pessoas iguais, não há Verdade absoluta fora da Consciência
individual.
Criticar ou “condenar” alguém, gera a satisfação de se sentir superior.
O Medo atávico arraigado na natureza humana também produz a necessidade do
coletivo, de fugir da solidão, de se alimentar da ilusão de “pertencer”. Essa
consciência coletiva que vai desde as corporações esportivas até as ideologias
políticas cria a robotização que obedece a palavras de ordem, embotando o Ser
Sagrado individual, deixando de operar o seu próprio discernimento e de assumir
as suas próprias responsabilidades.
Se juntam na ilusão de se proteger e fortalecer, sem saber que a verdadeira
Força está na própria Consciência.
Nós x Eles – implica numa opinião grupal que embota a Consciência, pois assim
como não há duas pessoas iguais – além do factual incontestável - só pode haver
Verdade na consciência individual.
Não se permitir ser atingido pelo que pensam, dizem ou fazem não é fácil, mas
constitui um instrumento libertador por excelência.
Poucos tem objetividade para observar o externo com isenção e só enxergam o
mundo através dos seus próprios olhos. O que pensam, dizem ou fazem é motivado
por eles mesmos ou pela mentalidade grupal na qual elegeram se inserir, na
ilusão de se fortificar.
Toda vez que levamos alguma atitude alheia para o lado pessoal,
permitindo que nos atinja, estamos concordando com o que está sendo dito/feito.
É importante notar que não passa de projeção da realidade do outro. Portanto,
toda vez que nos ofendemos é porque sentimos no íntimo que há ali um fundo de verdade.
No momento em que nos ofendemos, já fomos capturados pela auto - importância
expressada no orgulho que tenta encobrir que nós não somos sempre o centro das
atenções.
Se somos insultados diretamente, independente de ser justo ou
não - não importa. Quem se ressente está aceitando e incorporando o veneno
propagado.
Ninguém consegue agradar a todos. Unanimidade não existe.
Nada do que o outro pensa, diz ou faz, é problema seu. É dele.
O ressentido concede Energia ao ofensor e energia é Poder.
E por que isso é ruim ? Cada vez que concedemos Poder ao outro, isso gera ira e
tristeza. Cada vez que acolhemos esse parasita, ele nos captura e se torna
poderoso, abrindo espaço para emoções negativas que acabam nos invadindo.
Os Seres humanos estão viciados em sofrer, se enredam e se
escoram uns nos outros para alimentar esse vício.
Todo aquele que ainda não despertou totalmente, sente a Dor de estar aqui sem
saber por que, de onde veio, para onde vai, atropelado pela poderosa atração da
Matéria.
Quem sabe quem é, ama-se com suas qualidades e defeitos, Luz e Sombra. Confia
no seu valor e responsabilidade perante a vida, não sentindo a necessidade de
ser aceito.
O Guerreiro Espiritual cuida da
sua missão primordial de Despertar, examinando e cultivando suas emoções com as
próprias armas : a plena atenção e a disciplina.
Nessa empreitada, a Ayahuasca é um aliado valorosíssimo, pois facilita que
foquemos a nossa atenção em outra direção que não a do pessoal.
... não nos esquecendo que, para onde dirigimos nossa atenção, flui a Energia.
E a Energia fecunda, muitas vezes, o que não queremos.
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