A música – a Arte das Musas - foi, talvez, a primeira manifestação artística da humanidade. Tudo indica que, antes de registrar nos muros das cavernas divindades e animais, a espécie humana já produzia sons com a finalidade de reproduzir os sons da natureza e afastar o medo, não se sentindo tão só.
O indivíduo capaz de produzir música que encantasse os demais e sobretudo “tocasse” o Divino manifestou-se desde o paleolítico e, por conseguinte, a prática Xamânica tradicional desde sempre esteve estreitamente ligada ao fazer musical.
Mesmo servindo ao caráter lúdico das festividades dançantes e ao entusiasmo heróico das guerras, nunca perdeu seu vínculo divino do músico com o Poder Superior.
Os instrumentos musicais tornaram-se também instrumentos de Poder, responsáveis não só pelo encantamento estético, mas também para transportar o ouvinte a realidades supra-sensoriais e realizar tarefas em outros níveis vibratórios.
No Neoxamanismo a tecnologia de ponta da nossa época possibilitou uma prática musical mais sofisticada e rica, ampliando nosso universo sonoro através da incorporação de timbres e linguagens musicais vinculadas a múltiplas etnias, utilizando desde os mesmos instrumentos do paleolítico, até instrumentos eletroacústicos.
Para servir ao propósito inicial Xamânico, que permanece o mesmo desde os primórdios, o músico deve deter o domínio absoluto do seu instrumento. Isto requer, além do básico talento inato, décadas de dedicação ao instrumento. Então, ser um Mestre na técnica do seu instrumento para transformá-lo em veículo do Grande Mistério e suas Hierarquias, deveria ser condição primordial.
Em decorrência disso, seria aconselhável uma tomada de consciência e autoexame por parte daqueles que se pretendem músicos, para só exercer a sua função de serviço no Trabalho Xamânico, quando realmente alcançarem a excelência de se fazer ouvir pelos homens e pelos Deuses, e não para alimentar o seu próprio ego.
Como a música é algo que desvanece no tempo, sem existência palpável no espaço, a sua História que data de, pelo menos, 300 000 anos, só conta com registros recentes. Torna-se tarefa difícil para a Arquelogia estabelecer, mesmo através da forma de antigos instrumentos musicais reproduzidos pictoricamente, o tipo de música que criavam. Tentativas neste sentido não passam de especulação.
Esticando-se a pele curtida do animal abatido, construíram-se os primeiros tambores. Ossos transformaram-se em flautas e a voz humana – com ou sem conteúdo verbal – reverenciava a Criação e seus Deuses – emanações da Divindade Suprema, o Grande Mistério.
Mesmo servindo ao caráter lúdico das festividades dançantes e ao entusiasmo heróico das guerras, nunca perdeu seu vínculo divino do músico com o Poder Superior.
Os instrumentos musicais tornaram-se também instrumentos de Poder, responsáveis não só pelo encantamento estético, mas também para transportar o ouvinte a realidades supra-sensoriais e realizar tarefas em outros níveis vibratórios.
A importância efetiva da música nesses níveis é tal que, além de afetar o ser humano através da sua herança filogenética, conforme atesta a recente disciplina da Musicoterapia, segundo o revolucionário best-seller “A vida secreta das plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird”, até as plantas são capazes de sentir e reagir às ondas sonoras puras e também às musicais - ou seja, inteligentes.
No Neoxamanismo a tecnologia de ponta da nossa época possibilitou uma prática musical mais sofisticada e rica, ampliando nosso universo sonoro através da incorporação de timbres e linguagens musicais vinculadas a múltiplas etnias, utilizando desde os mesmos instrumentos do paleolítico, até instrumentos eletroacústicos.
Para servir ao propósito inicial Xamânico, que permanece o mesmo desde os primórdios, o músico deve deter o domínio absoluto do seu instrumento. Isto requer, além do básico talento inato, décadas de dedicação ao instrumento. Então, ser um Mestre na técnica do seu instrumento para transformá-lo em veículo do Grande Mistério e suas Hierarquias, deveria ser condição primordial.
Infelizmente, as aparentes facilidades que a tecnologia atual permite, conduzem, muitas vezes, a um mal entendido onde o iniciante na Arte da Música julga-se já apto a submeter o seu fazer musical aos ouvidos alheios, esquecendo-se de que aprendizado se faz em casa.
Principalmente num estado alterado de consciência, essas tentativas canhestras se agigantam, surtindo o efeito contrário de caos e desarmonia, que acaba comprometendo o propósito do ritual e impedindo o “voo” às esferas superiores.
Em decorrência disso, seria aconselhável uma tomada de consciência e autoexame por parte daqueles que se pretendem músicos, para só exercer a sua função de serviço no Trabalho Xamânico, quando realmente alcançarem a excelência de se fazer ouvir pelos homens e pelos Deuses, e não para alimentar o seu próprio ego.