ELIANE HAAS

ELIANE HAAS

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terça-feira, 29 de maio de 2012

NEO-XAMANISMO NO CÉU DA ÁGUIA DOURADA

Conforme mencionado em artigo anterior, o trabalho com a Ayahuasca, conforme o concebemos no Céu da Águia Dourada, é essencialmente um processo de busca do autoconhecimento e do conhecimento de outras dimensões.

O aconselhamento xamânico constitui uma forma de acesso e recuperação de informações através do canal subconsciente utilizada pelas civilizações arcaicas, podendo, no entanto, ser adaptada ao contexto da atualidade, através de um conjunto de técnicas que possibilitam o indivíduo aprender a transpor as barreiras entre os mundos físico e o visionário.

O Xamanismo não concebe dogmas ou vincula-se a alguma religião formal mas apoia-se na convicção de uma Rede Universal de Poder que sustenta toda a Vida. Todos os elementos que constituem o meio ambiente são dotados de espírito, estão interligados e deste equilíbrio depende a sobrevivência da humanidade. Esta Rede de Poder da Natureza é, além de princípio doador da Vida, fonte de toda atividade bem sucedida quando com Ela nos harmonizamos.
Quando salientamos como “neo” a nossa forma de Xamanismo, temos apenas o intuito de esclarecer que não nos situamos atrelados a alguma tradição ou adotamos princípios de uma civilização diferente daquela na qual nascemos na atual encarnação. No entanto, utilizamos nas nossas práticas recursos modernos possibilitados pela tecnologia atual, além dos antigos resgatados / adaptados.
A mentalidade libertária e holística da Era de Aquário veio “ levantar o véu” de muitos conhecimentos durante milênios adormecidos ou “calados” por força de uma censura que procurou igualar e uniformizar a maravilhosa diversidade da inteligência e da espiritualidade humanas.
Não obedecemos a normas de uma organização, não seguimos regulamentos nem nos deixamos limitar por doutrinas. Cada um é livre para crer, colocar em prática os ditames da sua consciência e arcar com a responsabilidade implícita nessa liberdade. A nossa é uma Escola de busca da nossa Verdade interior e de prática espiritual.
Independente da uma crença ou convicção pessoal, qualquer um pode praticar e beneficiar-se das técnicas aprendidas.

A atuação xamânica é bem pragmática e apoiada na funcionalidade. Determinados métodos ou práticas se comprovaram eficazes e ao sucesso dos resultados palpáveis se deve o fato do Xamanismo ter podido sobreviver ao longo dos séculos, apesar das tentativas generalizadas e incansáveis de missionários cristãos para os quais ele representava séria ameaça a sua estrutura hierárquica de cunho submisso e inquestionável, assim como também da rejeição plena de superioridade do racionalismo cartesiano.

Hoje “absolvido” pela Antropologia, emerge para a “civilização” como prática que se alinha junto as psicoterapias modernas.
Nas tradições antigas o xamã geralmente era selecionado por herança ou mediante acidente / enfermidade que implicasse em risco de vida, submetendo-se a um treinamento rigoroso e comprovando suas habilidades através de testes iniciáticos não raro brutais.
Como o essencial do Xamanismo não se reduz a colocar um cocar na cabeça e imitar rituais cujo significado se desconhece, na moderna sociedade ocidental qualquer homem ou mulher que demonstre, por inclinação e afinidade desinteressada de vínculos materiais, aptidão para exercer a medicina do Espírito, realizar o voo extático e honrar a Rede Universal de Poder representada na Natureza do nosso planeta, pode empreender a sua busca, aprender e praticar o Xamanismo.
Porque Xamanismo é simplesmente saber direcionar energias e transpor barreiras – e não é prerrogativa de específicas tradições culturais. É um bem do qual qualquer ser humano pode usufruir, desde que aprenda a utilizá-lo.
http://youtu.be/prag917gcgI?t=2m26s

sexta-feira, 6 de abril de 2012

CILADAS NO CAMINHO DA ASCENSÃO ESPIRITUAL

Autores de livros de auto-ajuda frequentemente listam coleções de atitudes e sentimentos que resultam em entraves para a trajetória daqueles que se empenham na sua evolução espiritual.

Aqui vai a nossa lista de observações para o seu autoexame, com itens que consideramos perigosas armadilhas sempre à espreita do Ego desavisado e que podem conduzir a enganos, resultando em grande perda de tempo na senda:
1. Não reconhecer a negatividade do seu Ego como fonte primeira de todos os problemas, tudo atribuindo a fatores exteriores.
Deixar de vigiar e educar de modo correto o seu Eu Interior, mergulhando intensamente na vida espiritual e tudo ao sobrenatural atribuindo, em desconsideração ao aspecto psicológico da sua personalidade.
2. "Amar" aos outros, descurando a si mesmo. Utilizar o álibi do "serviço ao próximo", ignorando as responsabilidades para consigo próprio e para com os seus dependentes imediatos.
Quem não ama a si mesmo é incapaz de amar a quem quer que seja. Só compartilha quem dispõe de algo a ser compartilhado.
A Escola Terra destina-se ao burilamento do Eu Divino que se encontra em estado bruto e revestido por camadas egóicas no interior de cada um.
3. Comer incorretamente, ignorando a constituição química do seu corpo físico. Acreditar que numa alimentação que restrinja o prazer degustativo, ou no jejum, econtrará as chaves mágicas da ascensão espiritual.
Não praticar exercícios físicos para cuidar do corpo físico que, afinal, é o nosso instrumento principal.
Tender para o ascetismo e desligar-se demasiadamente das coisas da Terra, vitais para a nossa experiência em matéria.
Identificar-se excessivamente com seus corpos mental ou emocional, sem ter ainda atingido o equilíbrio necessário.
Considerar-se evoluído demais para estar na Terra, ao invés de tentar contribuir para uma mudança de paradigma aqui e agora.

4. Exercer domínio sobre os outros através de ameaças e manipulações, sufocando as manifestações do seu livre-arbítrio.
Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos próprios poderes, acabando por esquecer o amor incondicional - onde reside o poder espiritual supremo.
Ter a pretensão de acreditar e assegurar que está no "final da roda encarnações".
5. Tornar-se um extremista fanático, sem enxergar o equilíbrio do caminho do meio.
Buscar argumento e justificativa nos dogmas das religiões formais, sem exercer com lucidez o seu próprio discernimento.
Apoiar-se e depender da figura de um sacerdote ou guru como intermediário entre si e o Divino.
6. Tornar-se sisudo, autoritário e formal, a ponto de privar-se da alegria e da diversão.
Mascarar tranquilidade e suavidade, enquanto a presunção interior ferve com irritação e intolerância.
7. Ser indisciplinado nas suas práticas espirituais, abandonando-as quando se envolve num relacionamento amoroso e conferindo prioridade a ele, em detrimento do seu processo interno.
8. Esperar que Deus, os Mestres ascensionados - ou seja lá quem for - resolvam todos os seus problemas, intercedam pelas suas dívidas cármicas ou assumam as suas responsabilidades.
Acreditar que alguém teve o privilégio de nascer "pronto" e que os Seres e Mestres ascensionados não trilharam o mesmo caminho dos desafios, provas que a evolução requer.
9 . Convencer-se de que o sofrimento e o cultivo da pobreza são méritos que poderão acelerar a sua evolução ou engrandecê-lo espiritualmente.
O trabalho eficiente que produz frutos e riqueza que a muitos beneficia é uma bendita missão na Terra. Cada um tem o direito de honrar o seu próprio esforço e reconhecer o seu valor.
O manto da humildade costuma servir de disfarce para a arrogância e o orgulho exacerbado. Falsa humildade não deve ser confundida com elevação espiritual.
Quem conhece a sua verdadeira e ínfima dimensão perante o Divino, não precisa mascarar humildade, inferiorizando-se perante os seus semelhantes.
10 . Não fechar o seu campo energético, convencido de que "as boas intenções" o tornam imune a todas as influências negativas.
Achar que, partindo da premissa de ser merecedor, seus desejos e pedidos devem ser sempre "atendidos". Ser bem-sucedido é muito gratificante, mas o objetivo principal da vida não é a obtenção de tudo o que se deseja.
11. Viver na zona de conforto relaxando a vigilância sobre suas falhas, acreditando que está imune a quedas e retrocessos.
12. Ler demais , não meditar o bastante e colocar em prática menos ainda.
13. Considerar uma grande honraria poder servir como canal para entidades de outros planos, ao invés de expressar a sua própria voz.
É preciso estar ciente de que, mesmo o mais evoluído dos Seres - da Terra ou de outro orbe - não detém o conhecimento total ou poderes ilimitados.
Esta é uma prerrogativa da Divindade Suprema - que comanda todo(s) o(s) Universo(s) com seus muitos trilhões de galáxias.
14. Forçar a elevação da sua kundalini e a abertura dos chakras, sem ter ainda o necessário amadurecimento em outros aspectos, como se isso, por si, assegurasse o acesso ao "nirvana". Portanto, o ideal é procurar equilibrar e integrar intuição, intelecto, sentimento e instinto, cada qual na sua devida proporção e valor.
15. Considerar o seu caminho espiritual - quando não o único -melhor do que o dos outros e aferrar-se a este caminho como Verdade única e definitiva, sem considerar que as vias são inúmeras e que a impermanência é constante no Universo manifestado.
É preferível abster-se de discussões ou da pretensão de, no entusiasmo das suas experiências, convidar o outro a experimentar as vivências que são suas. Para cada patamar há afinidades próprias e experiências particulares.

16. Julgar as pessoas em função da sua antigüidade na senda espiritual ou do nível de iniciação que alcançaram. Gabar-se das próprias façanhas espirituais ou das dos seus mentores e guias. Forçar com ansiedade as próximas etapas, ao invés de concentrar-se na realização do trabalho - e nos dissabores - da etapa atual.
17. Competir, comparar-se com outras pessoas e acabar invejando o sucesso alheio, ao invés de perceber que somos únicos, com dons e potencialidades próprias, cada qual segundo circunstâncias e vivências específicas.
Por fim, jamais esquecer que o Caminho é individual e, portanto, solitário.
Não se imbuir da busca infrutífera de uma eventual "alma gêmea", sem perceber que a sua própria Alma - a Mônada - dispõe de ambas as polaridades para se complementar plenamente.

segunda-feira, 19 de março de 2012

QUEM É O MESTRE SAINT GERMAIN

Aos 19 de março convencionou-se festejar a ascensão do Mestre Saint Germain, por ser a data que o papa decidiu consagrar a S.José, que teria sido uma sua encarnação passada.

Mestre Saint Germain, patrono do Céu da Águia Dourada, é um Adepto da Grande Fraternidade Branca, ou seja, alguém que, através do ritual iniciático do sexto grau, atingiu a condição de se libertar da roda das encarnações na Terra.
Adeptos são seres que atingiram o patamar crístico, ou seja, o mais alto estágio na escala da evolução humana. Permanecendo ligados à humanidade na Terra, sua missão consiste em auxiliar, mediante laços de afinidade, no trabalho de certas pessoas ou grupos, com o propósito de acelerar a sua evolução espiritual.
Após uma trajetória que, nos anais da Grande Loja Branca, remonta ao ano de 22.605 a.C., na sua última encarnação foi o Conde de Saint Germain – personagem “miraculoso” e de origem desconhecida, visto que seu título nobiliárquico foi comprado.
Circulou com desenvoltura nos salões das cortes europeias nos séc.XVIII e XIX, envolvendo-se em assuntos políticos, esbanjando espantoso conhecimento nas mais diversas áreas. Sempre com a mesma aparência física, sem envelhecer. Falava francês, inglês, italiano, português, espanhol, alemão, russo e várias línguas eslavas e orientais. Era riquíssimo, sempre ornado de pedras preciosas que, segundo testemunhas, “materializava” e gostava de presentear. Tinha fama de dominar a arte da transmutação de metais, que segundo afirmava, aprendera no oriente. Apesar de ostentar bens materiais, vivia de forma simples. Mesmo frequentando banquetes nos círculos nobres, jamais comia. No violino rivalizava com Paganini. Chegava a permanecer quase 50 horas em êxtase profundo e demonstrava memória prodigiosa, chegando a profetizar. Parece que utilizava esses lapsos de presença para atuar em outros lugares, pois se registra a sua presença nos Estados Unidos em 1785, enquanto estaria na França, entre 1784 e 1788. Escrevia com as duas mãos, simultaneamente, assuntos diversos. Desapareceu do cenário europeu da mesma forma que surgiu.
Embora seus dons assombrassem a sociedade da época, nada familiarizada com recursos de magia (como a tibetana, por exemplo), consta que Adeptos são capazes de criar para si um outro corpo, em forma pensamento, que pode servi-los como veículo quando seu próprio corpo enfraquece. Assim prosseguem trabalhando no plano terrestre sem passar pelo processo do nascimento.
O trabalho do Mestre Saint Germain, como avatar (encarnação divina) do Sétimo Raio, esteve, no final do séc. XIX ligado ao estabelecimento da Sociedade Teosófica e sua obra de difusão das tradições orientais no ocidente, bem como o estudo das religiões arcaicas da Terra.
Através de seus discípulos, influenciou grandemente inúmeras descobertas científicas, como a física quântica e o desenvolvimento das viagens espaciais. Não poderia ser outra forma, uma vez que, em encarnação passada, como Colombo, havia desbravado os mares, rumo a terras desconhecidas.
Acima de todos os citados atributos situa-se a sua missão atual, como Maha Choan ( chefe supremo da Hierarquia de Adeptos ) presidindo todos os Sete Raios da manifestação Divina na Terra. Sua característica principal é a utilização da energia do Sétimo Raio, que estabelece a ordem através da Magia Cerimonial.
Atualmente lidera, assessorado pelos Mestres Morya e Kooot-Humi, um triângulo de força que prepara a nova mentalidade que deverá nortear a vida da humanidade na Terra. Dentro de um paradigma eclético, Saint Germain pertenceu e prossegue como hierofante, estimulando o trabalho das sociedades secretas e organizações, como a Rosacruz, a Maçonaria e outros movimentos que estão surgindo, afinados com o espírito libertário e autônomo da Era de Aquário.
Saint Germain reintroduziu o trabalho (reminiscente de outras eras) com cristais, a cromo- e a fitoterapia, assim como a utilização de energias alternativas. Foi o responsável pela difusão das religiões, filosofia e cultura orientais, tornando o Yoga e as técnicas de Meditação populares no ocidente, à partir do séc.XX.
Seu instrumento de trabalho mais conhecido é a Chama Violeta da transmutação. Sob seu nome, muita bobagem tem sido inventada e “canalizada”, mas o Mestre considera todas essas iniciativas válidas, pois, com o tempo, o trigo será automàticamente separado do joio.
Desnecessário dizer que a existência de eventuais “chamas gêmeas” que costumam impingir aos Mestres é uma invencionice de pessoas arraigadas aos padrões sexuais ainda da Era de Peixes. É sabido que Mestres Ascensionados já atingiram o patamar onde integram ambas as energias yin e yang, prescindindo de parceiros de polaridade oposta. São seres completos e integrados.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

CRER OU NÃO CRER EM DEUS

Quase sempre que essa questão é discutida, procura-se respaldo na opinião de cientistas de renome. Talvez porque, na sua ingenuidade, acreditem que eles, no seu âmbito de pesquisa macro ou microcósmica, possam constatar a 'presença de Deus' deixada no interior de alguma partícula ou topar com Êle vagando pelo espaço sideral.
No entanto, na grande maioria das vezes, acabam decepcionados com uma negativa, por parte deles, da crença em "Deus". Não que os cientistas não possam estar próximos de uma compreensão sobre a Suprema e Absoluta Mente Universal. Há, porém, um fôsso intransponível, uma discrepância conceitual que leva a uma barreira de pontos de vista divergentes.
Einstein foi um dos cientistas mais questionados sobre o assunto. Tanto no seu livro Mein Wetbild - Wie Ich die Welt sehe (Como vejo o mundo) publicado em 1953, como em declarações verbais fez declarações que bem elucidam essa discrepância :

“Todos os que se destacaram na espiritualidade de todos os tempos distinguiram-se através desta reverência perante o Cosmos. Sem dogmas ou um Deus concebido à imagem do homem, trata-se de uma re-ligação cósmica. Podemos notar que muitos ditos ateus de todas as épocas da história humana nutriam-se com esta forma superior de “religião”. Contudo, seus contemporâneos muitas vezes os tinham por suspeitos de ateísmo.” Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pelo destino e pelas ações dos homens".

Rabinos protestaram e até o cardeal O`Connel, de Boston, advertiu que:
"a Teoria da Relatividade encobre com um manto o horrível fantasma do ateísmo, e obscurece especulações, produzindo uma dúvida universal sobre Deus e sua criação".

Einstein retrucou :
"Não consigo conceber um Deus pessoal que influa diretamente sobre as ações dos indivíduos, ou que julgue diretamente criaturas por Ele criadas. Minha religiosidade consiste em uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que nós, com nossa fraca e transitória compreensão, podemos entender da realidade. A moral é da maior importância - para nós - porém, não para Deus".
O molde judaico-cristão que vem norteando a religiosidade formal da civilização ocidental entende Deus como um Ser antropomórfico, habitante apartado do Universo, que governa como um déspota autoritário e se imiscui incansàvelmente nos problemas de toda a sua “criação”, vigiando, punindo e premiando a humanidade terrestre. Para alguns teístas, mesmo depois de se constatar que o nosso planeta não se situa no centro em torno do qual brilham o sol, a lua e as estrelas, este Senhor ainda parece se preocupar em ser devidamente reconhecido e honrado pela espécie humana da perférica e ínfima Terra.
Conforme o texto bíblico, trata-se de um Ser tendencioso, ciumento e vingativo que, por conta de uma desobediência jogou a humanidade no planeta Terra, entregue a um destino aleatório, onde a capacidade de resignação de alguns menos favorecidos é testada, enquanto aos “eleitos” uma fácil trajetória plena de benesses é concedida. Aliás, um planeta no qual as demais espécies lhe foram submetidas - já que “criadas” para o seu deleite - o que serviu como carta branca para uma catastrófica destruição da Natureza, conforme estamos presenciando no atual momento.
Um “deus” que, nas suas preferências, ao final de 300 000 anos da espécie no planeta, destaca um filho “dileto”, elevando-o ao patamar divino. Para os cristãos, condiciona a “redenção” de toda a humanidade posterior à simples crença e aceitação dessa sua “condição divina”. Para os judeus, ela está vinculada à chegada de um “messias” que, num passe de mágica, transformará em bem todo o mal que assola a vida na Terra.
Independente das ressalvas que nos façam os cabalistas, estamos aqui nos referindo às escrituras bíblicas – da Torah e dos Evangelhos - de domínio público, independente de interpretações esotéricas que não estejam em concordância total com o acima citado, porém inexpressivas, pois restritas ao estudo hermético de minorias.
Realmente, são pontos de vista tão fantasiosos que, não apenas cientistas estudiosos do Universo, como qualquer ser humano dotado do mínimo discernimento espiritual recusa-se a compartilhar. Neste caso, quem não aceita essa artimanha despropositada que vai contra todas as Leis Universais, prefere se apartar, acaba declarado – e até prefere declarar-se - “ateu”.
No entanto, o novo tempo de maturidade que se avizinha vem popularizar cada vez mais a concepção sempre ensinada pelas tradições espirituais arcaicas na Terra – aquelas que seguiram suas vias próprias. Que apesar de perseguidas conseguiram prosseguir alheias ao domínio das religiões formais, cultivando tradições ancestrais.
Em níveis de consciência mais sutis, concebe-se uma Mente Absoluta e Infinita como o Princípio Cósmico Universal , raiz de tudo e que tudo engloba em perfeita harmonia e equilíbrio, do qual tudo procede e, ao final do grande ciclo do Ser, tudo será absorvido. (o que agora está previsto pela astrofísica).
Trata-se de um Divino que é Vida e movimento , detectável em todos os átomos do Cosmos material, como também nas dimensões (que a Matemática já confirmou) que não conhecemos. Trata-se, não de um “criador”, mas de uma Potência Onipresente e Onisciente. O Eterno evolucionário e não-criador, que se desdobra à partir da própria essência.
A esfera sem circunferência, a Lei única que impulsiona toda a manifestação . Lei imanifestada, porque Absoluta - e que em seus períodos de manifestação é o Eterno vir a ser.

Assim considerando, fica difícil imaginar que alguém familiarizado com algumas Leis do Cosmos ou com as maravilhas do fenômeno Vida no plano terrestre, não se emocione e preste reverência a essa Inteligência Suprema que tudo harmoniza com absoluta perfeição e permeia essa imensidão infinita.

É curioso observar que, justamente os povos ancestrais, pagãos – portanto idólatras primitivos e apegados a crendices atrasadas, concebiam o Divino de forma bem menos simplória do que a religião que lhes sucedeu como unanimidade no mundo ocidental. O “Grande Mistério” reverenciado pelos índios norte-americanos coincide muito mais com essa concepção de um Infinito Poder Universal do que com a imagem antropomórfica de um “senhor” que, em meio a trilhões de galáxias, mantém vigilância permanente no cotidiano de cada ser humano aqui na Terra.

Também os yorubás, taxados de fetichistas idólatras e politeístas, concebem um Poder Supremo acima de toda a Hierarquia Divina. Tão acima que não se classifica na categoria das Divindades e não pode ser descrito nem cultuado diretamente. A Ele não se erguem templos, nem tem representação pictórica. É mencionado por vários nomes, sendo o principal OLODUMARE : OL(Oni)ODU – de extensão infinita, ou autoridade e poder supremos, MARE imutável. Conhecido também como ELEDÁ – o que existe por Si mesmo, OLORUN ALAGBARA – o Supremo Poderoso, ALAYÉ - o Eterno dispensador da Vida, ELEMI – o Sopro da Vida.

Esperemos que, com o advento da Era de Aquário, a questão “crer ou não crer em Deus” deixe, finalmente, de ser parâmetro de julgamento à respeito das pessoas na Terra. Por conta desse patrulhamento, muitos foram perseguidos e discriminados como seres de caráter duvidoso ou má índole. No entanto, maior malefício à humanidade causam os religiosos fanáticos que, no decorrer da História, vem atentando contra a vida do seu semelhante, na “defesa e em nome de Deus” (sic) – como se isso, na infinitude do Universo e dimensão tempo/espaço, tivesse a mínima relevância.

Que cada um possa, finalmente, ter o direito de descrer, ou crer, de acordo com o seu nível de consciência espiritual.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O SAGRADO FEMININO SOB A ÓTICA DE IFÁ

Os Orixás são considerados nossos genitores, uma vez que associados a elementos cósmicos ou à natureza. Dessas energias que interagem e se entrelaçam, emanam as formas materiais que abrigam a nossa existência individualizada na Terra.
O Poder Feminino foi, desde que o ser humano tomou consciência de si, associado à capacidade de criar e destruir a Vida, reverenciado como controlador das grandes energias sobrenaturais. Suas imagens, sob diversas formas, são as primeiras manifestações artísticas nos sítios arqueológicos desde o Paleolítico, sempre representando a fertilidade e primeiro contato do ser humano com o Divino.
A Terra precisa ser aguada constantemente, recebendo o “sangue branco”- a chuva - para propiciar nossa alimentação e sobrevivência. Então a MãeTerra – na cultura africana conhecida por vários nomes, sendo o mais popular atualmente, Onilé - passa a ser reconhecida como organismo vivo e cultuada como Divindade.
Ela é agba-nla , a grande cabaça doadora de Vida que precisa ser sempre ressarcida, pois o equilíbrio é mantido através de um constante sistema de compensação. Alimenta-se dos corpos mortos para que lhe seja restituída a capacidade geradora. Restituição e renascimento são a espinha dorsal dos ensinamentos de Ifá, que por sua vez sustentam a concepção yorubá das relações entre o orun (o universo espiritual) e o aiye (a manifestação material).
Então, iku (a morte) restitui à Terra o que lhe pertence, permitindo, assim, os renascimentos e, sob esse aspecto, seria simbòlicamente importante como instrumento de restituição de asé (energia vital.)
Toda restituição demanda destruição da matéria individualizada que, uma vez reabsorvida, vai nutrir a massa geradora, restauradora de asé – num ciclo contínuo que perdurará enquanto o planeta existir.
Sendo a Terra aquela que, desde os primórdios, tudo vem testemunhando e até hoje nada acontece fora da sua presença, costuma-se realizar pactos em Seu nome e a esse testemunho recorremos quando nos sentimos injustiçados.
Talvez esteja nessa necessidade imperiosa de ser constantemente ressarcida e aguada para poder procriar com abundância, a razão da ambigüidade do Poder Feminino, tão freqüentemente expressada em mitos e rituais de vida e morte. Daí a importancia da ancestralidade, que é a corrente que garantiu a continuidade da nossa existência na Terra. Os renascimentos dependem dos ancestrais e sua matéria de origem é a lama.
Logo após o Neolítico, ou seja, no início da Idade dos Metais, na transição quando o nômade caçador se estabelece como agricultor e funda os primeiros agrupamentos humanos, a Divindade Feminina responde por todos os processos da nossa existência neste planeta.
Com o estabelecimento e a posse da terra, a sociedade torna-se patriarcal /patrilinear e clãs familiares são fundados e chefiados por linhagens masculinas e as mulheres vão perdendo o seu poder. Segundo os mitos, Ogun - a tecnologia – teria arrebatado a liderança, numa disputa com todas as iyabás (Divindades femininas), com o auxílio de Elegbara, Orunmila e Sango.
Antepassados divinizados assumiram papel de divindades primordiais e houve uma redistribuição de tarefas entre os inúmeros Orixás. Aí começa a fase patriarcal na história da humanidade.
A sacralidade da Terra e tudo o que nela vive, é o ponto de partida da concepção yorubá do mundo.
Mesmo conscientes da existência de um Poder Universal Absoluto (Olodumare) que rege todas as galáxias no céu e as próprias Divindades na Terra (Orixás), essas energias da natureza que nos tocam e influenciam o nosso cotidiano é que são cultuadas. É a elas que se recorre nos momentos de aflição e se reverencia nas ocasiões de júbilo.
As Divindades femininas do panteão yorubá , as iyabás (Ayaba/Aya-oba – rainha) possuem os mesmos atributos das Deusas nas demais civilizações arcaicas, pois as diferenças são apenas culturais, uma vez que os arquétipos – pertencendo ao inconsciente coletivo da espécie humana - são os mesmos.
Nanã é a mãe ancestral, importada das terras do Daomé. É a mulher sábia, a anciã que atingindo a menopausa, já não verte sangue. Por isso retém em si o poder da procriação. Como associada à lama e às águas contidas na terra, liga-se ao processo de fertilidade da terra. Simboliza a maternidade arcaica indiferençada, pois é a mãe de todos os seres, à partir dos moluscos dos pântanos. São seus filhos os mortos e os ancestrais.
Já Yemanjá surge como Mãe do homo sapiens. Como “Mãe dos filhos-peixe” (Iya-omo-ejá), simboliza a vida que veio do mar e também daqueles que saíram do líquido amniótico. É uma divindade do rio que emigra para o mar (domínio de Olokun, que fica então relegado às regiões abissais.
O fascínio de Yemanjá – sob diversos nomes - abrange todas as civilizações do planeta e enriquece o folclore ligado aos seres encantados do mar. Como maternidade educadora, rege a consciência e, portanto, é reverenciada como mãe de todos os seres pensantes - Mãe do homo sapiens.
Oyá é uma Divindade do rio. Seu nome significa “aquela que rasga” – no caso, o rio Niger. É o arquétipo da guerreira, plena de atributos, todos conquistados por esforço próprio, assim como da transformação. Por isso, embora Yemanjá seja a “dona” das mentes, é à Oyá que recorremos nos processos de auto-conhecimento e superação de crises.
Oyá é a própria eletricidade dos raios que transmutam as energias na atmosfera do planeta. Como Senhora dos ventos, distribui as sementes expandindo a Vida e, por outro lado, dissemina as doenças.
Como transita entre as nove dimensões da Terra, preside e está presente também no portal da morte.
Associada ao irrefreável poder animal representado pelo búfalo, carrega chifres, como todas as Divindades lunares nas diversas civilizações. Oyá é a contraparte feminina do Orixá Sango.

De Osun provem as águas, pois ela é o próprio útero da Terra. Senhora da fertilidade, dela depende a Vida no planeta. É interessante considerar que todas as águas, mesmo as dos mares e das chuvas, provem dela – e que toda a água existente na Terra, sempre foi a mesma.
Ela vem das profundezas, dos mananciais que guardam os tesouros - por isso é a dona do ouro e das pedras preciosas – e o segredo da Vida. Osun é a mãe de todos os seres porque preside o processo da gestação, que assegura a continuidade da Vida. Assim, é também a Deusa do amor e da beleza.
É a grande força oculta que opera em silêncio, para irromper na violência das cachoeiras que tudo arrasta e dissolve.
Ocultando o segredo da geração - que é o "milagre" supremo ( que até hoje a ciência reproduz, mas não cria), Osun torna-se também a Senhora da Magia.
Esse poder gerador associa todas as Deusas e, por extensão, todas as mulheres, pois elas detém autoridade decisiva de vida e morte - já que delas depende a sobrevivência das crianças - e são, no plano humano, as representantes naturais da Magia Ancestral.
Esta Magia é associada aos pássaros (símbolo da projeção astral), que em todas as culturas surgem como seres alados, imagens fundamentais da energia feminina superior no Universo.
A representação máxima deste poder são as Iyami Agba, Senhoras da noite e também das fogueiras, arquétipos da coletividade ancestral feminina desde a criação do planeta. É um poder que, mesmo atribuído às mulheres velhas, pode, em certos casos, pertencer igualmente a jovens que o recebam por herança ou o adquiram por direito de linhagem espiritual, através de rituais. O poder do Sagrado Feminino é supremo no aiye (plano material), mas para que o equilíbrio seja mantido, está submetido ao triunvirato supremo logo abaixo de Olodumare (Deus / Absoluto Arquiteto do Universo): Obatalá (Logos solar), Orunmila (Senhor da sabedoria e do oráculo) e Elegbara (o Orixá Eshu – transformador da energia em matéria).

Este é apenas um resumo introdutório. Um aprofundamento requer o estudo dos itan (mitos) do corpo literário de Ifá, pois o assunto é riquíssimo e bastante complexo.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

INTOLERÂNCIA versus ERA DE AQUÁRIO

Os Mestres Ascensionados que atuam na Grande Loja Branca foram, pela primeira vez, apresentados ao grande público por Helena Blavatsky. Algumas décadas mais tarde, com a popularização da Era de Aquário e sua característica eclética, os Mestres passaram a ser citados – e até “canalizados”- em profusão, divulgados por uma espécie de doutrina. Em seguida foram acrescentadas as contrapartes femininas – companheiras das quais nunca se ouviu falar na Teosofia. Se Divindades masculinas, costumam ter uma shakti (seu aspecto feminino), jamais se ouviu falar que Mestres Ascencionados(as) tivessem companheiros(as) ou atuassem acompanhados(as) de “almas gêmeas”.

O Mestre Saint Germain, avatar responsável pela Era de Aquário, caracteriza-se pela introdução de um espírito eclético que se propôs resgatar todas as práticas da espiritualidade ancestral dos povos da Terra, que foram destruídas/proibidas pela religião estabelecida, justamente por ser um paladino da Liberdade. A começar pela Liberdade individual.
Uma vez que inúmeros Mestres já instruiram e forneceram à humanidade ensinamentos sobre como melhor proceder, chegou finalmente o tempo de se comprovar a assimilação do aprendizado. Não mais associado a culpa, castigo e uma hipotética redenção, mas através do entendimento profundo da Lei Cármica de Causa e Efeito. Responsabilidade sobre as atitudes e suas consequências.
Considera-se como "resgatável" - o que significa, capaz de se alçar a um patamar superior - 10% da humanidade encarnada.
Essa parcela, ou seja, milhões de pessoas, são aqueles que se destacam do "rebanho" massa indiscriminada , com maturidade espiritual suficiente para realizar seu processo de individuação, discernindo, optando e dispensando "guias" que lhe tolham a Liberdade. Esses estarão aptos a realmente vivenciar a mentalidade da Era de Aquário.
Subentende-se que a Era de Aquário seja a Era do exercício do livre-arbítrio pleno conferido pelo Supremo Poder Universal ao ser humano e que, conforme atesta a História, foi tão usurpado e desrespeitado durante a perseguição ao diferente, que imperou no mundo “civilizado”, sobretudo nos últimos dois mil anos.
Por isso, é motivo de grande estranhamento que pessoas que se declaram identificadas e se consideram inseridas no Projeto da Nova Era não demonstrem o mais básico comprometimento com a Liberdade do seu companheiro de jornada espiritual. 
Líderes de movimentos espirituais que floresceram e, graças a esse espírito libertário - que é a marca  do Mestre Saint  Germain - conseguiram sobreviver, pretendem exercer domínio completo sobre o direito de ir e vir das criaturas que optaram por lhes ser associadas - não subjugadas.
Patrulhar, aplicar sanções e determinar o que é bom e o que é  mau, proibindo pessoas de freqüentarem e vivenciarem as experiências espirituais que bem entenderem é atitude típica do obscurantismo intolerante e repressor da Era de Peixes. Cheira a Santa Inquisição.
É preferível que as pessoas, se não pretendem ampliar seus horizontes, se atenham àquilo que realmente sabem, ao conhecimento que de fato dominam, ao invés de pretenderem aderir a modismos com os quais não se identificam. Saint Germain e Era de Aquário nada têm a ver com proibições, autoritarismo, exclusivismo e disputas de poder.
Seria, portanto, mais coerente manter-se na velha e boa linha do rígido dogma do certo/errado, onde o "pecado" é punido e a virtude não teme o erro, se seguir ancorada na "cartilha da doutrina"...e, por favor, esquecer o nome do Mestre Saint Germain e sua Era de Aquário.

domingo, 25 de setembro de 2011

PROFECIAS & ASCENSÃO PLANETÁRIA

Diante da divulgação de inúmeras profecias apocalípticas e as evidentes transformações geológicas e ecológicas que vem ocorrendo no nosso planeta, seguidamente nos chegam questionamentos sobre o que teríamos a dizer sobre este momento de transição e o nosso futuro. Muitos interpretam esses sinais como uma catástrofe global e até possível extinção da civilização na Terra.

Gaia realmente está destinada a galgar um patamar superior na sua evolução e Toda Ascensão requer transformação.
Aproximadamente 10% da humanidade, ( ou seja, cerca de 6,7 bilhões de seres humanos encarnados ) está – consciente ou inconscientemente - comprometida com esse Projeto de Ascensão Planetária. Muitos já estão aqui para organizar e administrar uma Nova Consciência rumo ao patamar acima da terceira dimensão. Alguns com a tarefa de guiar e auxiliar nas calamidades e posteriormente reconstruir sobre as catástrofes que se sucedem. Alguns ocuparão posições de proeminente liderança, enquanto outros exercerão tarefas humildes, mas não menos importantes na missão de semear e expandir a Luz no nosso planeta. Certo é que todos serão faróis de sabedoria e lucidez, sem fanatismo dogmático, sempre influenciando através do exemplo de vida e do comportamento equilibrado, solidário e firme.
Embora, superficialmente, a situação política, econômica, ecológica e social pareça totalmente entregue as forças involutivas, um novo paradigma de união já germina sob a carcaça do que, inevitavelmente, vai desabar.
Brota um mundo acima da freqüência tridimensional que moldou o medo da finitude e a ganância selvagem. Um mundo construído por uma humanidade iqualitária, idealista e solidária. Amorosa ?, muito se fala em amor mas poucos sabem do que se trata. Este seria um tema para outra ocasião. O tão exaltado amor vem gerando mal entendidos capazes de provocar crimes, violência e guerras nos últimos 2000 anos em que tanto dele se falou.

O acréscimo no número de ciclones, raios, terremotos, furacões e tempestades, não se trata de “castigo” divino – como alguns simploriamente interpretam. A magnitude dos desígnios Divinos no âmbito cósmico está bem além dos nossos destinos individuais.

Cada um desses fenômenos – sob o nosso ponto de vista, catástrofe - tem a ver simplesmente com as mudanças no corpo de Gaia e são instrumentos da sua Ascensão. Tem a ver com a distribuição de energia e com o mecanismo de aquecimento global.

A emissão de gases poluentes produzindo o efeito estufa, de fato acelera o aquecimento, mas este, na verdade, ocorreria invariavelmente, pois faz parte do Projeto de Ascensão da Terra.

Sua causa provem do interior do planeta e é decorrente do aumento da velocidade de rotação do seu eixo interior.

A rotação da Terra está mais acelerada. Isso está provocando um atrito intenso entre o manto, a crosta e as camadas de magma do seu interior, elevando a temperatura do ferro que compõe o eixo central. A pressão da sua massa é que produz o aquecimento de toda a superfície, alterando as águas e nos ares, assim como o movimento das placas tectônicas.

Esse atrito é que está provocando o aquecimento, provocando também o derretimento das calotas polares, alterando as correntes e, por conseguinte, a atmosfera. Como parte do processo de Transição do planeta, é óbvio que nada poderia evitá-lo ou impedi-lo.

Então, com o derretimento das geleiras, o nível das águas vai subir, o número de terremotos e furacões não diminuirá e muitas alterações nos continentes acontecerão, fazendo desaparecer porções de terra e empurrando outras para a superfície. O derretimento é apenas um dos aspectos da grande complexidade desta Operação em curso, se levarmos em consideração também os códigos de freqüência e o campo magnético da estrutura cristalina do gelo das calotas.

Outros aspectos ligados a esse Projeto de Ascensão são a reversão dos pólos magnéticos e a inclinação do eixo da Terra. Cabe ressaltar que as reversões polares ocorrem no Sol, na Lua e não será a primeira vez que ocorrerá na Terra. Já a alteração na inclinação axial, atualmente de 23,8º, será provavelmente decorrente do derretimento, influindo na distribuição de peso entre as massas de água dos oceanos e da terra firme dos atuais continentes.

Embora muitos profetas, videntes e canalizadores fixem datas, como e exatamente quando, tudo isso se manifestará, ninguém sabe.

Ter a pretensão de conhecer os desígnios do Grande Mistério seria insensatez vaidosa.

Quando se profetiza a partir de um ponto específico do tempo-espaço o potencial de realização submete-se a um fluxo mutante. Por isso seria impossível fazer previsões na linha do tempo, quando tangem a esfera Cósmica.

Cabe a cada um procurar cumprir a sua parte, confiando sem medo, com tranqüilidade e entrega total, ciente de que está à serviço da Consciência Planetária e seu Projeto, ocorra ele de forma tranqüila a pouco afetar nossos destinos individuais ou atingindo proporção catastrófica global.

A forma como tudo se sucederá, dependerá do quociente de Luz e nível vibratório.

Acima de tudo, não podemos esquecer que:

- nossa importância no planeta não é mais relevante do que a de outras espécies. Não somos o centro da Criação e, muito menos, a razão de ser do planeta Terra. Nossa recente presença aqui é circunstancial na existência de um corpo celeste de mais de 4 bilhões de anos, que, aliás, já abrigou outras espécies, hoje extintas.

- e, principalmente, que nada ocorre sem planejamento e determinação das Sagradas Hierarquias Terrestre e Galáctica.